21 de outubro de 2020 - por Sidemar Castro
A bolsa de valores é um mercado organizado onde investidores compram e vendem ações de empresas e outros ativos financeiros. No Brasil, a principal bolsa de valores é a B3, localizada em São Paulo.
Quando uma empresa quer levantar dinheiro, ela pode vender partes de sua propriedade, chamadas ações, na bolsa de valores. Investidores compram essas ações, tornando-se sócios da empresa. Além de ações, a bolsa também negocia outros ativos, como títulos de dívida e fundos imobiliários.
A bolsa de valores funciona como um intermediário, garantindo que as transações sejam seguras e transparentes. Ela também ajuda a determinar o preço dos ativos com base na oferta e demanda. Assim, se muitas pessoas querem comprar uma ação, o preço sobe. E, se muitos querem vender, o preço cai.
Quer saber mais sobre a bolsa de valores, como funciona e surgiu? Continue a leitura!
O que é a bolsa de valores?
A bolsa de valores é um local destinado à negociações de ativos. Dessa forma, é o ambiente onde ocorre a compra e venda de ativos, principalmente ações.
Em resumo, esses ativos são títulos emitidos por empresas que podem ser públicas, mistas ou privadas. Sendo assim, a intermediação entre compra e venda, é realizada pelas corretoras.
Quando uma empresa decide abrir seu capital, ela realiza uma Oferta Pública Inicial (IPO). Nesse momento, as ações da empresa são disponibilizadas para compra. Depois disso, as ações podem ser negociadas entre os investidores na Bolsa.
Aqui estão alguns pontos importantes sobre esse processo:
- Ações: São frações do capital social da empresa. Ao comprar ações, o investidor se torna sócio e pode ganhar com a valorização das ações e com dividendos, que são parte dos lucros distribuídos aos acionistas.
- Índices: A Bolsa possui índices que medem o desempenho de um grupo de ações. Por exemplo, o Ibovespa é um dos principais índices da Bolsa brasileira e reflete a performance das ações mais negociadas.
Como funciona a bolsa de valores?
A Bolsa atua como intermediária nas negociações entre empresas e investidores. As empresas que desejam captar recursos abrem seu capital por meio de uma Oferta Pública Inicial (IPO), onde suas ações são vendidas pela primeira vez no mercado primário.
Após essa etapa, as ações são negociadas entre os investidores no mercado secundário, onde ocorre a compra e venda contínua dos ativos.
Os investidores não podem negociar diretamente na bolsa; eles precisam utilizar corretoras de valores que emitem ordens de compra e venda. Assim, essas corretoras oferecem diversas ferramentas e relatórios para auxiliar os investidores em suas decisões.
Atualmente, todas as operações são realizadas online através de plataformas conhecidas como Home Broker. Ou seja, isso democratizou o acesso ao mercado, permitindo que qualquer pessoa com internet possa investir.
O horário de negociação é dividido em várias etapas:
- Pré-abertura: 9h45 às 10h
- Negociação: 10h às 16h55
- Call de fechamento: 16h55 às 17h
- After-market: 17h30 às 18h.
Tipos de Ações
As ações podem ser classificadas em diferentes categorias:
- Ações Ordinárias: Dão direito a voto nas assembleias da empresa.
- Ações Preferenciais: Não conferem direito a voto, mas têm prioridade na distribuição de dividendos.
- Units: Combinações de ações ordinárias e preferenciais.
- Small Caps e Blue Chips: Referem-se ao tamanho da empresa e à sua estabilidade no mercado.
Vantagens de Investir na Bolsa
Investir na bolsa oferece a oportunidade de se tornar sócio de grandes empresas com um investimento inicial relativamente baixo. Ademais, o potencial de retorno pode ser significativo, especialmente em comparação com investimentos tradicionais como poupança ou títulos públicos.
Em resumo, a Bolsa de Valores é um espaço dinâmico que conecta empresas em busca de capital com investidores que desejam participar do crescimento dessas empresas. Com o avanço da tecnologia, investir se tornou mais acessível e prático para todos.
Quais são os ativos negociados na bolsa de valores?
1) Ações
As ações são a forma mais tradicional de investimento na bolsa, representando frações do capital social de empresas. Ao adquirir ações, portanto, o investidor se torna sócio da companhia e participa dos lucros na forma de dividendos.
Existem dois tipos principais: ações ordinárias (ON), que conferem direito a voto, e ações preferenciais (PN), que priorizam o recebimento de dividendos.
2) Opções
As opções são contratos que dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender uma ação a um preço predeterminado em uma data futura. Dessa maneira, elas são utilizadas para especulação ou proteção contra flutuações do mercado.
Os dois tipos principais são as opções de compra (call) e as opções de venda (put).
3) Fundos Imobiliários (FIIs)
Os Fundos Imobiliários permitem que os investidores adquiram cotas que representam uma fração do patrimônio de um fundo que investe em imóveis. Os rendimentos são gerados através da locação ou venda dos imóveis e são distribuídos mensalmente aos cotistas.
As cotas de FIIs são negociadas como ações na bolsa.
4) Exchange Traded Funds (ETFs)
Os ETFs são fundos que replicam a performance de um índice específico, permitindo aos investidores diversificar sua carteira sem precisar comprar todos os ativos individualmente. Assim, eles podem ser referenciados a índices de renda variável ou fixa e têm códigos que terminam em 11.
5) Contratos Futuros
Os contratos futuros permitem que os investidores comprem ou vendam ativos a um preço acordado para uma data futura. Eles são utilizados para hedge ou especulação e podem incluir commodities, moedas e índices financeiros.
6) BDRs (Brazilian Depositary Receipts)
BDRs são recibos que representam ações de empresas estrangeiras negociadas na B3. Eles facilitam o acesso a investimentos internacionais sem a necessidade de abrir contas em corretoras estrangeiras, permitindo que os investidores brasileiros compitam no mercado global.
Esses ativos oferecem diversas oportunidades para investidores com diferentes perfis de risco e objetivos financeiros, tornando a B3 um ambiente dinâmico para negociação no Brasil.
Qual é a importância da bolsa de valores?
A Bolsa de Valores desempenha um papel muito importante na economia, tanto em nível nacional quanto global. Essa importância se reflete em vários aspectos que vão além da simples negociação de ações.
A Bolsa de Valores permite que empresas levantem capital sem depender exclusivamente de empréstimos bancários. Ao abrir seu capital e vender ações, as empresas conseguem financiar novos projetos, expandir operações e inovar, o que é vital para o crescimento econômico.
As transações realizadas na Bolsa são regulamentadas por órgãos competentes, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. Isso garante que as negociações sejam feitas em segurança e com transparência, protegendo tanto os investidores quanto as empresas.
A Bolsa proporciona um ambiente onde os investidores podem comprar e vender ativos com facilidade. Essa liquidez é fundamental, pois permite que os investidores ajustem suas carteiras conforme necessário, aumentando a confiança no mercado.
Bolsa e economia
O desempenho da Bolsa de Valores serve como um termômetro para a economia. Oscilações nos índices acionários podem indicar a confiança dos investidores na economia e influenciar decisões políticas e econômicas.
À medida que as empresas crescem com o capital levantado na Bolsa, elas tendem a criar novos empregos, contribuindo para a redução do desemprego e o aumento da renda nacional. Assim, isso gera um ciclo positivo que beneficia toda a economia.
Além disso, a Bolsa oferece aos investidores a oportunidade de diversificar suas carteiras através de ações de diferentes setores e regiões geográficas. Desse modo, isso ajuda a diminuir riscos e potencializar retornos.
Finalmente, a presença da Bolsa estimula o interesse por educação financeira entre os cidadãos, incentivando-os a aprender sobre investimentos, gestão de riscos e planejamento financeiro.
Qual é a história da bolsa de valores?
As primeiras bolsas de valores surgiram na Europa, por volta do século XII. Comerciantes se reuniam em locais específicos para negociar mercadorias e títulos. Um dos primeiros registros é de Bruges, na Bélgica, onde as transações ocorriam em frente à casa de um comerciante chamado Van der Beurse, daí o nome “bolsa”.
No século XVII, a Bolsa de Amsterdã se destacou como a primeira bolsa oficial, onde ações da Companhia Holandesa das Índias Orientais eram negociadas. Esse período também viu o primeiro grande “boom” e “crash” do mercado, conhecido como a “crise das tulipas“.
Com o tempo, outras bolsas importantes surgiram, como a de Londres e a de Nova York. A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), fundada em 1792, tornou-se uma das mais influentes do mundo.
No Brasil
No Brasil, a história da bolsa de valores começou em 1890, com a criação da Bolsa Livre de São Paulo. Apesar de enfrentar dificuldades iniciais, ela evoluiu e, hoje, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é uma das maiores bolsas de valores do mundo.
Essa evolução mostra como as bolsas de valores se tornaram centrais para o desenvolvimento econômico global, facilitando o investimento e o crescimento das empresas.
Agora que você sabe como funciona a bolsa de valores, veja o vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e aprenda a investir do zero:
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Fontes: Riconnect, Infomoney, Capital Research, Cresol, Santander