Investimentos de baixo risco: 4 alternativas de aplicações

7 de outubro de 2021 - por Jaíne Jehniffer


No longo prazo, os investidores mais conservadores, e que preferem investimentos de baixo risco, possuem maiores chances de conseguir construir um grande patrimônio do que os especuladores.

Isso porque as pessoas que optam por estratégias arriscadas e de curto prazo, com o objetivo de ficar ricas rapidamente, dificilmente constroem um patrimônio sólido.

Pensando nisso, preparamos uma lista de quatro opções de investimentos de baixo risco. No entanto, você não deve considerar esse texto como uma recomendação ou indicação de investimentos.

Investimentos de baixo risco

Um investimento de baixo risco é aquele que tem um nível de risco quase zero. Ou seja, ainda existe um pouco de risco. Afinal de contas, não existe nenhum investimento totalmente sem risco.

investimentos de baixo risco

The cap

Até mesmo a poupança possui um pouco de risco e conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que devolve até R$ 250 mil por CPF e instituição, em caso de calote. Como o FGC possui um limite, o investidor corre o risco de ficar no prejuízo se ele tiver mais de R$ 250 mil na conta e o banco quebrar.

Apesar da poupança possuir um certo grau de risco, ela é vista como uma aplicação bem segura. O problema é que o seu rendimento é extremamente baixo. Nesse sentido, uma alternativa é optar por investimentos tão seguros ou mais seguros do que a poupança e que proporcionem um retorno mais vantajoso. Enfim, algumas opções são:

1- Tesouro Direto

A primeira alternativa dentre os investimentos de baixo risco, é o Tesouro Direto. Em síntese, o Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional juntamente com a BM&FBovespa. Ao investir nos títulos do Tesouro Direto, o investidor está emprestando seu dinheiro para o governo e contribuindo com a dívida pública.

Apesar de não contarem com a proteção do FGC, esses títulos são considerados os ativos mais seguros do mercado, pois contam com a garantia do governo. Como a taxa Selic está subindo, os títulos do Tesouro Direto estão se tornando uma alternativa bastante atrativa.

Investimentos de baixo risco: 4 alternativas de aplicações

Fdr

Isso porque, com o aumento da Selic, a rentabilidade desses títulos também é elevada. Além disso, eles possuem a vantagem de poderem ser resgatados antecipadamente. Porém, o resgate antecipado pode resultar em um retorno abaixo do esperado. A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Os títulos prefixados são vantajosos, pois proporcionam uma previsibilidade, já que a taxa de juros continua a mesma até o vencimento. A desvantagem é que se a inflação subir muito, o seu retorno pode ficar abaixo da inflação. Já a rentabilidade do pós-fixado varia de acordo com o indicador utilizado, como a Selic.

Por fim, a rentabilidade do pós-fixado é composta por uma taxa prefixada e outra pós-fixada. O título híbrido do Tesouro é o Tesouro IPCA+, que paga o IPCA mais uma taxa de juros. A grande vantagem desse título é que ele garante um retorno acima da inflação.

Ao analisar as opções de títulos disponíveis, não deixe de verificar se a rentabilidade oferecida pelo título é superior à inflação. Em outras palavras, não considere apenas a rentabilidade nominal, lembre-se de considerar a inflação e escolher títulos que proporcionem ganho real.

2- Dentre os investimentos de baixo risco temos os CDBs

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos pelos bancos, com o objetivo de captar recursos para financiar suas atividades como, por exemplo, empréstimos. Sendo assim, ao investir em CDBs, o investidor está emprestando seu dinheiro para o banco que, posteriormente, irá emprestar esse dinheiro para seus clientes.

Investimentos de baixo risco: 4 alternativas de aplicações

Onze

Assim como a poupança, os CDBs possuem a proteção do FGC. Ou seja, ao investir em um CDB você conta com a mesma proteção da poupança, mas consegue um retorno muito mais alto. Os títulos do CDB podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. Sendo que alguns títulos possuem prazo de carência e não podem ser resgatados antes do vencimento.

Vale destacar que os CDBs oferecem um retorno mais alto do que os títulos do Tesouro Direto. Isso ocorre, pois o Tesouro Direto conta com a garantia do governo, ao passo em que os CDBs são protegidos pelo FGC. Portanto, os CDBs possuem um pouco mais de risco do que o Tesouro Direto e, por isso, oferecem um retorno mais alto.

Nesse sentido, se um CDB oferecer o mesmo retorno de um título do Tesouro, é melhor investir no Tesouro. Além disso, assim como os títulos do Tesouro Direto, é importante que o investidor verifique se o retorno oferecido pelo título é superior à inflação.

3- Fundos imobiliários

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos de investimento focados na aplicação em imóveis ou títulos relacionados ao setor imobiliário. Diferente dos títulos anteriores, que pertenciam à renda fixa, os fundos imobiliários fazem parte da renda variável.

Em resumo, na renda fixa o investidor sabe desde o momento da aplicação como será o retorno do investimento. Sendo que se ele esperar até o vencimento do título, ele tem a garantia de receber o rendimento combinado. Em contrapartida, a renda variável não possui garantias ou previsibilidade.

Urbe

Dessa forma, o investidor pode ter lucros ou prejuízos. Apesar de fazer parte da renda variável, os fundos imobiliários são considerados como investimentos de baixo risco. Uma grande vantagem dos fundos imobiliários, é que eles geralmente distribuem proventos de maneira mensal.

Vale destacar que os proventos dos FIIs são isentos de imposto, logo, o investidor precisa pagar imposto somente ao negociar cotas. O investimento em FIIs é bem parecido com a compra de ações. Desse modo, para comprar cotas basta acessar o home broker da sua corretora e enviar a ordem de compra.

4- ETFs

Para finalizar a nossa lista de investimentos de baixo risco, temos os ETFs – Exchange Traded Funds. Em síntese, os ETFs são um tipo de fundo de investimento que replicar um índice, com o objetivo de obter um retorno similar. Por exemplo, o ETF que replica o Ibovespa, investe nas mesmas ações da carteira teórica do Ibovespa.

Uma vantagem dos ETFs, é que por meio de uma única cota, o investidor já consegue uma grande diversificação para  sua carteira. Além disso, eles são vantajosos para os investidores que desejam investir em ações, mas ainda não se sentem seguros para analisá-las.

Os ETFs passam por oscilações diárias, porém, como eles são uma média de muitas empresas, é muito improvável que no longo prazo, todas as empresas apresentem uma performance ruim. É por este motivo que os ETFs são considerados investimentos de baixo risco. Assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e confira detalhes dos investimentos de baixo risco:

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Fonte: Roteiro de Raul Sena

Imagens: Suno, The cap, Fdr, Onze e Urbe

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