23 de julho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Os fundos mútuos são compostos por vários tipos de ativos, cuja gestão é de responsabilidade do gestor do fundo. Sendo que, os ativos são escolhidos de acordo com as características dos fundos.
Investir em fundos mútuos é uma boa alternativa para as pessoas que pretendem diversificar a carteira. Afinal de contas, comprando apenas algumas cotas, você já se expõe a uma gama gigantesca de ativos.
Em contrapartida, como desvantagem podemos destacar o fato de que os fundos possuem taxa de administração e performance. Em resumo, a taxa de administração serve para pagar as pessoas que trabalham no fundo, e a taxa de performance é cobrada somente quando o fundo atinge o benchmark.
O que são fundos mútuos?
Os fundos mútuos são fundos compostos com os recursos de várias pessoas. Esses recursos são geridos por um gestor profissional, com o objetivo de alcançar o melhor rendimento possível. Estes fundos podem aplicar em diferentes classes de ativos, os mais populares são os fundos de ações, renda fixa e multimercado.
Esses três tipos podem ser subdivididos em outros tipos de fundos. Por exemplo, um fundo de ações pode ser focado em small caps ou dividendos. Em contrapartida, um fundo de renda fixa pode aplicar em títulos pós-fixados ou prefixados. Por fim, o fundo multimercado pode se dividir entre investimentos no Brasil ou no exterior.
Como os fundos mútuos funcionam?
Os fundos mútuos funcionam como uma reunião de investidores, cujo patrimônio será alocado por um gestor profissional. Os três tipos de fundos mútuos existentes, funcionam da seguinte maneira:
1- Fundos de renda fixa: No mínimo 80% do portfólio do fundo deve ser destinado a títulos de renda fixa. Dessa maneira, o gestor pode aplicar em títulos como Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Câmbio (LC), tesouro direto e Certificado de Depósito Bancário (CDB).
2- Fundos de ações: Como o próprio nome indica, esse tipo de fundo é focado na aplicação em ações. Desse modo, pelo menos 51% do patrimônio do fundo deve ser aplicado em ações de empresas listadas na bolsa de valores.
Contudo, esses fundos não podem ter mais de um terço da carteira aplicada em ações da mesma empresa. Além disso, eles não podem usar operações de derivados, exceto como operação de hedge.
3- Fundos multimercado: Esse tipo de fundo é o mais versátil, já que o gestor aplica em vários tipos de ativos ao mesmo tempo. Sendo assim, esses fundos podem aplicar simultaneamente em ações, títulos públicos, debêntures, títulos privados, câmbio, ETFs e small caps.
Vantagens e desvantagens
Como todos os tipos de investimentos, os fundos mútuos possuem vantagens e desvantagens que devem ser ponderadas pelos investidores antes de escolherem este tipo de aplicação. Confira quais são as vantagens e desvantagens:
Vantagens
Uma das principais vantagens dos fundos mútuos, é a diversificação da carteira de investimentos. Isso porque, através de algumas cotas, você já passa a fazer parte de um fundo com um portfólio composto de vários ativos. Lembrando que a diversificação é importante, pois ela reduz os riscos e potencializa os retornos.
Sendo que, essa diversificação não necessita da aplicação de um valor muito alto, basta comprar algumas poucas cotas. Logo, essa é uma vantagem sobretudo para os investidores que estão começando a investir aos poucos na bolsa de valores.
Outra vantagem é a praticidade, já que o responsável por escolher os ativos e aplicar o patrimônio do fundo, é o gestor. É claro que você deve ficar de olho na performance do fundo e nos ativos que estão entrando ou saindo da carteira. Entretanto, esse acompanhamento é muito mais fácil do que gerir sozinho uma carteira de investimentos.
Desvantagens
Ao mesmo tempo em que o fato do gestor ser responsável pela carteira do fundo é vantajoso, pois traz praticidade, também é desvantajoso, pois limita o investidor. Isso porque, como o gestor é o único responsável pelo portfólio, o investidor não pode participar de nenhuma decisão referente às aplicações.
Outra desvantagem é que os fundos mútuos possuem a taxa de administração e de performance. É por meio da taxa de administração que o fundo consegue remunerar as pessoas que trabalham nele. Já a taxa de performance está presente em alguns tipos de fundos e funciona como um bônus para o gestor.
Em síntese, os fundos possuem uma meta de retorno e quando o gestor consegue ultrapassar a meta, é descontada a taxa de performance. Apesar desta taxa ser uma maneira de estimular o gestor a obter retornos altos, ela também funciona como um custo a mais para os investidores.
Como investir em fundos mútuos?
Para investir em fundos mútuos é essencial que você conheça o seu perfil de investidor. Existem fundos de diferentes tipos que aplicam em ativos com graus variados de risco. Por exemplo, se você não gosta de correr risco, um fundo de renda fixa pode ser mais interessante do que um fundo de ações.
Além disso, vale a pena analisar qual o seu objetivo com o investimento e escolher o fundo que mais se encaixa nele. Por fim, você deve ainda analisar o desempenho histórico do fundo, a performance do gestor, o valor das taxas, o benchmark e o valor das cotas.
E aí, gostou de conhecer sobre os fundos mútuos? Então aproveite para conhecer também os Fundos imobiliários, o que são? Definição, principais tipos e como investir
Fontes: Suno, Investing, Fiis e Caminho para riqueza
Imagens: Compara já, Você investidor, Modalmais, Levante e Brasília empresas