30 de outubro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
Muitas pessoas, quando entram no mundo dos investimentos, ficam com a dúvida: o que é educação financeira? Esse questionamento é muito importante, pois a dúvida representa o primeiro passo para o alcance da sabedoria.
Respondendo à pergunta, educação financeira é saber fazer a organização das finanças. Ou seja, educação financeira é saber dar valor ao seu dinheiro e manter as finanças pessoais organizadas.
Para isso, existem algumas dicas que podem te ajudar, e uma delas, é se planejar. Afinal, somente com objetivos claros, e sabendo onde você quer chegar, é possível saber qual caminho trilhar. Leia mais!
O que é educação financeira
Educação financeira é o conhecimento acerca da organização das finanças. Ou seja, uma pessoa educada financeiramente, não é aquela que sabe operar no home broker da corretora. Na verdade, educação financeira é mais abrangente do que isso.
Assim, educação financeira se refere à gestão do seu patrimônio, ao controle financeiro e aos planos para o futuro. Em outras palavras, a educação financeira possibilita uma melhor gestão do seu dinheiro, escolhas conscientes em relação aos gastos e a organização das suas finanças.
Em resumo, se educar financeiramente é um processo constante. É um hábito, ou um comportamento, que você adquire e precisa continuar a nutrir. Além disso, a educação financeira é uma nova forma de pensar sobre o dinheiro e de lidar com ele.
Importância da educação financeira
A educação financeira é importante para que você passe a enxergar o dinheiro como um meio de liberdade e não como um motivo de dor de cabeça quando fecha o mês no vermelho.
A educação financeira também é importante para retirar o estigma social de que quem economiza é mesquinho e que, no fim da vida, apesar de ter dinheiro, será infeliz.
A educação financeira faz com que você deixe de fazer parte da grande parcela dos brasileiros, que só pensam em consumir. Pelo contrário, você vai perceber que a construção de um patrimônio e o consumo consciente são muito mais libertadores do que se sentir frustrado ao perceber que não tem dinheiro o suficiente para quitar todas as contas.
Para que serve a educação financeira?
A educação financeira serve para desenvolver uma relação saudável com o dinheiro e evitar dívidas desnecessárias. Ela ensina a planejar e controlar o orçamento doméstico, compreender produtos e conceitos financeiros.
Serve para investir de maneira segura para construir um futuro mais tranquilo e alcançar objetivos de vida, como comprar um imóvel ou viajar, com responsabilidade.
Também serve para capacitar as pessoas a fazerem escolhas conscientes sobre o uso do dinheiro, considerando suas metas e padrões de vida. Traz benefícios como melhoria da qualidade de vida, controle sobre dívidas e possibilidade de realizar sonhos.
Outra utilidade da educação financeira é ajudar os estudantes a se tornarem adultos melhor preparados e capazes de tomar decisões sólidas sobre suas finanças. A educação financeira na escola pode ter benefícios a longo prazo.
Portanto, a educação financeira é essencial para que as pessoas desenvolvam uma relação saudável com o dinheiro, planejem seu futuro com responsabilidade e tomem decisões financeiras conscientes.
Quais são os pilares da educação financeira?
Os pilares da educação financeira são fundamentais para uma gestão sólida e bem-sucedida das finanças pessoais. Aqui estão os principais pilares:
- Controle de gastos: Gerenciar despesas está relacionado à autoconsciência sobre os gastos. É importante entender onde o dinheiro está sendo utilizado e encontrar maneiras de economizar.
- Poupança: A prática regular de poupar parte da renda é essencial. Isso cria uma reserva para emergências e metas futuras.
- Investimento: Conhecer os diferentes tipos de investimentos, como ações, títulos e fundos, permite tomar decisões informadas para fazer o dinheiro crescer ao longo do tempo.
- Planejamento financeiro: Ter um plano para atingir objetivos financeiros, como aposentadoria, casa própria ou viagens, é crucial. Isso envolve estabelecer metas e criar estratégias para alcançá-las.
- Educação contínua: Aprender constantemente sobre finanças, acompanhar mudanças econômicas e estar ciente de oportunidades e riscos é fundamental para uma boa educação financeira.
Como começar na educação financeira?
Para começar na educação finaneira, adote o autoconhecimento financeiro. Entenda seus hábitos de gastos, renda e dívidas. Analise suas finanças pessoais para identificar áreas de melhoria.
Crie um orçamento. Anote todas as suas despesas e receitas. Isso ajudará a visualizar onde seu dinheiro está indo e a estabelecer limites para gastos.
Outra dica é poupar regularmente. Reserve uma parte da sua renda para economias. Comece com um valor pequeno e vá aumentando gradualmente.
Estude investimentos e aprenda sobre diferentes opções de investimento e comece com opções de baixo risco. É preciso evitar dívidas desnecessárias, usando o crédito com responsabilidade e evitando, assim, acumular dívidas excessivas.
Finalmente, leia livros e blogs sobre finanças. Existem muitos recursos disponíveis para aprender mais sobre o assunto. A educação financeira é um processo contínuo. Comece aos poucos e vá aprimorando seus conhecimentos ao longo do tempo.
15 dicas fundamentais de educação financeira
Se você pretende atingir a liberdade financeira, ou até mesmo enriquecer, você precisa se educar financeiramente. Não é a sorte que torna uma pessoa rica, é educação, dedicação, planejamento e paciência. Para isso, algumas dicas podem ser úteis:
1) Conhecimento sobre Educação Financeira
Procure adquirir conhecimento sobre finanças. Existem vários sites, canais no YouTube e livros voltados para educação financeira. É importante também se manter informado sobre o cenário da economia nacional e internacional.
2) Controle Financeiro
Faça uma lista com todos os seus gastos fixos, variáveis e supérfluos. Com essa lista em mãos fica fácil saber para onde exatamente está indo toda a sua renda.
3) Planejamento
Depois de averiguar para onde está indo o seu dinheiro, chegou a hora de se planejar. Estabeleça metas à curto, médio e longo prazo. Saiba claramente quais são seus objetivos, pois eles vão servir de motivação.
Para alcançar seus objetivos é importante também determinar quais gastos você vai manter e quais pretende cortar. Nessa etapa de planejamento é importante ser sincero consigo mesmo e definir metas e cortes realizáveis. Do contrário, você pode vir a se frustrar.
4) Reserva de Emergência
A reserva de emergência é uma verba destinada exclusivamente para imprevistos. O seu valor ideal varia de pessoa para pessoa. Entretanto, o recomendado é que você saiba quais são os seus gastos mensais para então estabelecer o quanto você precisa.
A equação é simples: sabendo o quanto você gasta mensalmente, multiplique esse valor por 6. Dessa maneira, caso você seja demitido, por exemplo, você terá seis meses de renda garantida até encontrar outro emprego.
Mas não se assuste, você pode criar essa reserva aos poucos. Enfim, é através de atitudes como essa de poupar dinheiro para imprevistos, que a educação financeira se torna um hábito.
5) Pague suas Dívidas
Caso você tenha dívidas, é melhor já organizar as finanças e pagar todas. Para isso, faça uma lista com todas as contas atrasadas e quanto de juros terá que pagar de cada uma.
Posteriormente, estabeleça o quanto da sua renda será destinado a quitação das contas. Se for preciso, procure renegociar as dívidas.
6) Não Bagunce sua Empresa
Caso você tenha uma empresa, cuidado para não misturar os gastos da pessoa física com o da pessoa jurídica. Desse modo, você consegue a organização das finanças da empresa e da sua vida pessoal.
7) Converse sobre Dinheiro com a Família
Converse com o seu parceiro e seus filhos sobre dinheiro. Isso é muito importante porque, além de compartilhar com eles a educação financeira que você estará adquirindo, também faz com que vocês estejam sintonizados.
Além disso, essa aliança familiar também pode servir de motivação quando você estiver fraquejando nas economias. Portanto, em uma relação familiar, um pode ir motivando o outro e juntos todos atingem seus objetivos.
8) Aprenda sobre Investimentos
Depois que você já tiver feito uma reserva de emergência, está na hora de começar a pensar na construção do seu patrimônio. Para isso, comece a buscar conhecimento acerca das opções de investimentos existentes e quais se encaixam com você. Sites, canais no YouTube e livros podem te ajudar.
9) Comece a Investir e Estude os Rendimentos
Depois de aprender sobre investimentos, está na hora de começar a colocar tudo em prática. Faça aplicações mensais e esteja sempre de olho nos rendimentos dos seus investimentos.
Ao começar a investir, pode ser que você fique ansioso para conseguir uma grande quantia investida logo. No entanto, nesse momento é fundamental ter paciência. Afinal, a construção de um patrimônio é algo a ser realizado a longo prazo.
10) Viver de Renda
Viver de renda é o sonho de muita gente e pode acabar se tornando o seu também. Saiba que com esforço, dedicação e investindo mensalmente é possível.
Viver de renda é também chamado de independência financeira. Ou seja, é quando você tem tantos ativos que eles lhe trazem rentabilidade o suficiente para você viver.
Outra opção é investir com foco na sua aposentadoria, assim você não depende da previdência social e também não cai na furada da previdência privada.
11) Use A Tecnologia A Seu Favor
A tecnologia pode ser sua aliada para a educação financeira. Diversos aplicativos para que facilitam o controle das despesas diárias e ajudam a controlar seu orçamento estão à disposição na internet.
12) Riscos E Oportunidades
Ao buscar investimentos, você estará sujeito a riscos, mas também oportunidades. Isso implica em estudar para tomar as decisões e atitudes corretas, o que vale especialmente para os investidores.
13) Defina quais Despesas são Prioritárias
Nas empresas, assim como com seu orçamento pessoal, a contabilidade parte das despesas fixas para que as finanças se organizam. Defina que despesas são prioritárias.
São aqueles gastos essenciais, sem os quais não podemos viver ou que não podem ser postergados. Por exemplo, as contas de energia, água, luz e internet.
14) Diversifique seus Investimentos
Para os investimentos financeiros, quanto mais diversificados forem, menor será o risco de perdas. Principalmente os de alto risco, como bitcoins e investimentos em ações, entre outros.
Uma carteira diversificada, é fundamental para os investimentos.
15) Crie o Hábito de Aplicar Mensalmente
A educação financeira pressupõe que você pesquise bastante para saber quais são os melhores investimentos. Portanto, pesquise sobre investimentos que rendem mais do que a poupança, por exemplo.
Uma vez definida qual opção é melhor para as suas necessidades, crie o hábito de aplicar mensalmente parte do dinheiro que você economizou.
5 livros sobre educação financeira
1) Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki
Robert Kiyosaki compartilha suas experiências de vida e apresenta conceitos-chave sobre finanças pessoais e investimentos. O livro ensina a pensar de forma diferente sobre o dinheiro e desenvolver habilidades para criar ativos financeiros.
2) Educação Financeira ao Alcance de Todos, de José Pio Martins
O livro democratiza as finanças mesmo para os leigos no assunto. Descreve o que são ativos bons e ruins, ensina a ler demonstrações financeiras e apresenta um “Programa de Dez Passos” para entender a educação financeira e termos da economia.
3) Como organizar sua vida financeira, de Gustavo Cerbasi
Lançado em 2006, esse best-seller dá orientações práticas sobre como tomar as melhores decisões em relação ao dinheiro. Aborda temas como orçamento, dívidas, investimento, planejamento a longo prazo e mudança de hábitos para gerir as finanças de forma consciente, equilibrada e saudável.
4) Quem pensa enriquece, de Napoleon Hill
Com mais de 30 milhões de exemplares vendidos, o livro conta o que o autor aprendeu ao acompanhar a ascensão de 500 das maiores fortunas do mundo. Traz 15 características comuns a esses grandes vencedores e ensina como você pode se tornar um deles.
5) A cabeça do investidor, de Vera Rita de Mello Ferreira
Escrito por uma psicanalista, o livro explica como o estado emocional afeta o modo que lidamos com o dinheiro. Aborda aspectos importantes sobre o funcionamento da mente na hora de tomar decisões financeiras, especialmente no mercado financeiro, e apresenta erros recorrentes cometidos pela maioria das pessoas.
- Leia também: Enfim, agora que você sabe o que é educação financeira, que tal começar a adquirir conhecimento sobre o assunto com os Livros sobre investimentos obrigatórios para investidores iniciantes
Fontes: Criando futuro, Coach financeiro, Nubank e Rico