Investimentos isentos de Imposto de Renda – Alternativas e como aplicar

Existem alguns investimentos que são isentos de Imposto de Renda (IR), ou seja, a alíquota de imposto não é descontada no rendimento da aplicação. Sendo assim, o investidor recebe o rendimento total, sem ter que se preocupar com o valor que será descontado do IR. 

Portanto, para as pessoas que desejam maximizar seus rendimentos, os investimentos sem imposto podem ser uma boa alternativa. Essa isenção concedida pelo governo geralmente é realizada quando o intuito é atrair recursos para determinado setor específico, como por exemplo, para o agronegócio, por meio das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Apesar de ser bastante atrativo optar por investimentos isentos de imposto, é preciso tomar cuidado com a opção escolhida. Isso porque algumas dessas aplicações trazem um retorno muito baixo, como é o caso da caderneta de poupança. 

Vantagens e desvantagens dos investimentos isentos de IR

A grande vantagem de escolher investimentos isentos de IR é a possibilidade de obter uma rentabilidade maior. Muitos dos ativos de renda fixa possuem cobrança de IR, que seguem a tabela regressiva.

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Em resumo, segundo a tabela, com 180 dias da aplicação, a alíquota é de 22,5%. De 181 a 360 dias o IR é de 20%. Já entre 361 e 720 dias a taxa é de 17,5%. Por fim, acima de 721 dias, a alíquota fica em seu valor mínimo de 15%. 

Analisando os valores da alíquota, é possível notar o porquê investimentos isentos de IR são tão atrativos, sobretudo no curto prazo, onde o IR é de 22,5%. No longo prazo, a alíquota é reduzida para 15%, o que ainda representa um valor substancial a ser descontado da rentabilidade.

Por outro lado, antes de investir, é importante considerar qual será a rentabilidade com a aplicação. A poupança, por exemplo, é isenta de Imposto de Renda. Contudo, a sua rentabilidade é tão baixa que fica abaixo da inflação. Neste caso, aplicar o dinheiro em outro investimento que cobre IR seria mais vantajoso do que a poupança.

Investimentos isentos de Imposto de Renda

Existem diversas opções de investimentos isentos de IR, porém, ao escolher um investimento isento de Imposto de Renda, considere o seu perfil de investidor. Isso porque existem ativos menos arriscados, como as LCAs e existem as opções mais arriscadas, como as ações. 

1- Poupança

A poupança é a aplicação mais famosa entre os brasileiros. Como vantagens principais temos a facilidade de investir e a alta liquidez. Além disso, ela conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que devolve até R$ 250 mil por CPF, em caso de calote por parte da instituição financeira.

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Em contrapartida, temos como desvantagem a baixa rentabilidade. O retorno proporcionado pela poupança é tão baixo que muitas vezes ele fica abaixo da inflação. Ou seja, o investidor continua perdendo poder de compra ao deixar seu dinheiro na poupança. Isso acontece porque o rendimento da poupança segue as seguintes regras:

• Se a Selic estiver mais alta que 8,5%, o rendimento é: 0,5% ao mês + Taxa Referencial;
• Se a Selic estiver abaixo ou igual a 8,5%, o rendimento será de: 70% da Selic + Taxa Referencial.

A Selic é definida a cada 45 dias pela COPOM e atualmente está abaixo de 8,5%. Desse modo, a segunda regra é a que está valendo. Já a Taxa Referencial está zerada há muitos anos. Portanto, o rendimento da poupança é baixo porque corresponde apenas a 70% da Selic, que no momento está bem baixa.

2- LCA e LCI

A Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário, são títulos emitidos por bancos, que posteriormente destinam os recursos para os respectivos setores do agronegócio e imobiliário. A rentabilidade das LCAs e LCIs podem ser de três tipos:

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1. Prefixada: A remuneração é combinada no momento da aplicação e permanece até o vencimento do título.
2. Pós-fixada: Nesse caso, a rentabilidade está atrelada a uma taxa variável, geralmente o CDI.
3. Híbrida: Nos títulos híbridos, o rendimento ocorre por meio de uma taxa variável e outra fixada no momento da aplicação.

A vantagem desses títulos, além de serem isentos de Imposto de Renda, é a proteção do FGC. Como desvantagem, temos a baixa liquidez, sendo que os títulos devem ser resgatados apenas no vencimento.

3- CRI/CRA

O Certificado de Recebíveis Imobiliário e do Agronegócio são parecidos com as LCAs e LCIs. Entretanto, as LCAs e LCIs são emitidas por bancos, já os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadas.

As desvantagens desses títulos são: falta de liquidez, prazo longo para resgate e risco. Eles são mais arriscados, pois não contam com a proteção do FGC. Porém, justamente por serem mais arriscados, eles podem proporcionar uma boa rentabilidade.

4- Debêntures isentas de IR

As debêntures são títulos emitidos por empresas que visam captar recursos para suas atividades. Nem todas as debêntures são isentas, somente as incentivadas. Os investimentos em debêntures incentivadas são isentos de IR, pois o governo deseja incentivar a realização de projetos de infraestrutura.

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Como desvantagem temos o risco, já que elas não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito. Em contrapartida, como são mais arriscadas, elas podem proporcionar retornos mais altos do que outros ativos de renda fixa.

5- Ações

As ações são um dos ativos mais conhecidos no mercado e, em algumas situações, estão isentas de Imposto de Renda. As empresas listadas na bolsa são obrigadas a distribuir parte dos seus lucros aos acionistas, são os chamados dividendos.

Como os dividendos são distribuídos do lucro líquido, a empresa já realizou o pagamento de IR. Logo, os investidores estão livres do desconto do imposto. Além dos dividendos, os lucros com a venda de ações, abaixo de R$ 20 mil no mês, também estão isentos.

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Um detalhe importante é que: somente os dividendos estão isentos de IR. Dessa forma, os Juros sobre Capital Próprio (JCP) e outros benefícios estão sujeitos ao desconto de IR.

Além disso, para vendas acima de R$ 20 mil, o investidor deve pagar 15% de IR em cima dos ganhos líquidos. Já quem realiza day trade é obrigado a pagar 20% de IR independente do valor negociado.

6- Fundos imobiliários

Assim como os dividendos das ações, os proventos distribuídos pelos fundos imobiliários também estão isentos de Imposto de Renda. No entanto, existem algumas regras: o investidor não pode ter mais de 10% do patrimônio do fundo e o FII precisa ter mais de 50 cotistas.

Como investir?

O primeiro passo para aplicar em investimentos isentos de Imposto de Renda é conhecer o seu perfil de investidor. Dessa maneira, será possível determinar quais são os melhores ativos de acordo com o risco que você aceita correr.

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Depois disso, é preciso comparar a rentabilidade dos investimentos isentos de Imposto de Renda e os não isentos. Também vale a pena considerar os prazos de resgate e liquidez. Por fim, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, fazer uma transferência bancária e investir.

Lembrando que, apesar de serem isentos de IR, esses investimentos precisam ser informados na declaração de Imposto de Renda. Sendo assim, os investimentos devem ser informados na ficha de Bens e Direitos e os ganhos devem constar em Rendimentos não Tributáveis.

Enfim, agora que você sabe como analisar e investir em ativos isentos de IR, aprenda como fazer uma Alocação de ativos, o que é? Definição, classes de ativos e como fazer

Fontes: Money times, Rico e Btc pactual digital

Imagens: Fiscalti, I. sem erro, W1 consultoria, Bamaq consorcio, Marcia travessoni, Capitalizo e Investnews