26 de julho de 2021 - por Bárbara Ackerman
Primeiramente, a escolha entre renda fixa e variável pode, muitas vezes, ser desafiadora para quem está começando a investir. Afinal, ambas as categorias apresentam rendimentos e características que se diferem.
Porém, mesmo quem está começando pode investir em renda fixa e variável ao mesmo tempo para diversificar a carteira. Mas, entender suas principais diferenças e como funciona é essencial.
Além disso, entender essas diferenças ajuda o investidor a organizar a sua carteira de investimentos de maneira adequada. E também, para poder otimizar sua rentabilidade conforme o seu perfil de investidor. Ou seja, a tolerância de perdas, riscos e prazos. Assim, ao entender as principais diferenças você vai poder investir com mais segurança.
Renda Fixa
A renda fixa é comumente usada pelos perfis de investidor conservador e moderado, pela razão de que oferecem segurança ao render o patrimônio. Nesse sentido, os títulos normalmente vêm de dívidas de uma instituição financeira ou do governo.
Então, os investidores emprestam esse dinheiro por um prazo para depois recebê-lo com juros e correções. Além disso, muitos são amparados pelo FGC. As taxas podem ser:
- Pré-Fixada: ou seja, já são definidas previamente. Então, o investidor sabe exatamente quanto vai ser retirado no fim do período de investimento.
- Pós-Fixada: aquelas que estão atreladas a algum indexador. Ou seja, o CDI e a Selic, por exemplo.
- Híbrida: são aquelas onde uma parte da rentabilidade é fixa e a outra é variável.
Os investimentos em renda fixa podem ser:
- Poupança;
- Tesouro Direto;
- Debêntures;
- CDB – Certificado de Depósito Bancário;
- LCI – Letra de Crédito Imobiliário;
- LCA – Letra de Crédito do Agronegócio;
- Letra de Câmbio.
Renda Variável
Em relação à renda variável, os perfis mais adequados são os moderados e arrojados. Logo, sua rentabilidade não é conhecida de forma prévia e os ativos têm preços que se alteram constantemente.
Além disso, existem muitos tipos de ativos nessa categoria, assim é preciso ter um pouco de experiência no mercado. Nesse sentido, os pontos para considerar na hora de investir são:
- variáveis atreladas;
- distribuição de lucros;
- saúde financeira da empresa;
- desempenho esperado;
- grau de oscilação do ativo;
- e risco.
Os exemplos de investimentos em renda variável são:
- Fundos de Investimentos;
- Ouro;
- Fundos Cambiais;
- Bolsa de Valores;
- Fundos Imobiliários;
- Ações, etc.
Renda variável x Renda fixa
Enquanto a renda variável oferece a oportunidade de poder prever qual será a rentabilidade, na renda variável isso não é possível. Mas, a renda variável, por exemplo, pode oferecer ganhos muito maiores. Logo, a renda variável se torna menos segura pelo fato de não ser coberto pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a renda fixa é mais para investidores conservadores, que querem rendimentos estáveis e com mais segurança. Além disso, é recomendada para quem está começando investir para montar sua reserva de emergência e assim partir para os investimentos em renda variável.
Dessa forma, a renda variável é mais recomendada para os perfis moderados e arrojados, que possuem maior tolerância a perdas e riscos, para que assim tenha a possibilidade de maiores ganhos.
Principais diferenças
Os seguintes pontos são aqueles que mais e melhor diferenciam a renda variável e a renda fixa.
- Rentabilidade: nesse sentido, a renda variável tem mais rentabilidade. Dessa forma, há diversos motivos para que isso aconteça. Por exemplo, a taxa Selic baixa, o que faz com que os investimentos sejam menos lucrativos. Mas, os riscos mais elevados da renda variável também são um fator da sua maior rentabilidade.
- Objetivos: a renda fixa oferece objetivos mais certos, ao oferecer a oportunidade de saber exatamente quando e quando se pode ter o dinheiro em mãos. Enquanto isso, a variável está mais voltada para quem busca rentabilidades mais altas. Dessa forma, pode ser interessante para quem deseja viver de renda ou como trader.
- Categorias: os de renda fixa incluem Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA e LC. Enquanto a renda variável oferece ações, derivativos e fundos imobiliários.
Processo de formação dos preços
Enquanto aos processos de formação de preços pode-se afirmar que é um dos principais fatores para se diferenciar esses dois tipos de renda. Logo, em ativos de renda fixa, o valor depende da rentabilidade implícita prevista para esse papel.
Então, as condições de mercado e risco do emissor influenciam no processo de formação do preço. Nesse sentido, os movimentos no valor estão relacionados com a liquidez e preços básicos da economia, que afetam a avaliação presente da sua remuneração.
Nesse ínterim, os ativos de renda variável são centralizados em ambientes de negociação, sejam eles físicos ou eletrônicos, a Bolsa de Valores. Dessa forma, seus valores são redefinidos a todo momento. Afinal, dependem de diversos fatores e eventos que afetam tanto as empresas emissoras, como também a própria economia e os mercados.
Diversifique seus investimentos
Por fim, a principal dica é diversificar a sua carteira. Afinal, investindo em apenas uma categoria você deixa de fazer o seu dinheiro render mais. Além de que, investindo em apenas uma categoria, os riscos aumentam.
Nesse sentido, o investidor pode montar a sua carteira do modo que for melhor para seu perfil. Assim, pode investir 60% na renda fixa e 40% na variável. Então, tendo uma queda no retorno da renda fixa, a rentabilidade da renda variável poderá compensá-la.
Quer começar a investir? Assista esse vídeo onde Raul Sena dá dicas sobre as melhores aplicações em renda fixa para você investir:
Ainda com receio de aplicar em renda variável? Nesse post você pode adquirir dicas para diminuir os riscos nessa categoria de investimento, confira Como investir em ações? Passo a passo e como diminuir os riscos
Fontes: PagSeguro; CM Capital; Riconnect; Investidor.gov e Remessa Online.
Imagens: Blog Messem; Contábeis; The Cap; Portal Sir; Só Sergipe; Zahl e Valor Investe.