Aplicações financeiras: o que são, quais são os tipos e características?

As aplicações financeiras, são os investimentos realizados por empresas ou pessoas físicas, com o intuito de conseguir um bom retorno financeiro.

16 de dezembro de 2020 - por Nathalia Lourenço


As aplicações financeiras são investimentos realizados por pessoas físicas ou empresas com o objetivo de obter um retorno financeiro atrativo.

Elas podem ser classificadas em diversos tipos, sendo recomendadas conforme o perfil de cada investidor, levando em consideração fatores como grau de risco, liquidez e rentabilidade.

Em essência, as aplicações financeiras também servem como uma estratégia para proteger o capital contra a desvalorização causada pela alta inflação, garantindo maior segurança e preservação do poder de compra ao longo do tempo.

O que são aplicações financeiras?

Uma aplicação financeira ocorre quando uma pessoa compra um ativo, com a intenção de ter retorno financeiro com ele. Em outras palavras, uma aplicação financeira, é um investimento feito por pessoas físicas ou empresas, objetivando uma rentabilidade.

Existem diversos tipos de aplicações financeiras disponíveis. Cada uma delas possui características diferentes em relação à rentabilidade, liquidez e vencimento. Desse modo, cada uma das aplicações financeiras disponíveis se adequam a perfis de investidores diferentes.

Importância de fazer aplicações financeiras

As aplicações financeiras são importantes para que ocorra uma boa gestão financeira dos recursos da empresa, ou das finanças pessoais. Afinal, ao deixar o dinheiro parado, a inflação vai corroendo o seu valor.

Além disso, realizar investimentos é uma maneira de conseguir mais recursos, por meio dos retornos obtidos com as aplicações. Sendo assim, para as pessoas que desejam ficar ricas, realizar investimentos é fundamental.

Quais são os tipos de aplicações financeiras?

1- Tesouro Direto

O tesouro direto é uma das aplicações financeiras mais seguras. Isso porque, ao investir em títulos do tesouro, você está basicamente emprestando dinheiro para o governo. Logo, somente se o Brasil quebrar é que você não terá seu dinheiro de volta.

Investidores de perfil conservador usam principalmente este investimento devido à segurança e previsibilidade. Além disso, ele possui alta liquidez e o valor mínimo de aplicação é baixo. As opções de títulos do tesouro disponíveis são:

  • Prefixado: O título prefixado é chamado também de Letras do Tesouro Nacional (LTN) ou somente Tesouro Prefixado. A vantagem do prefixado é que, no momento de realizar a sua aplicação, o investidor já sabe qual será a porcentagem de rentabilidade.
  • Pós-fixado: Nos títulos pós-fixados o investidor não sabe exatamente o quanto a aplicação irá render, somente no momento do resgate.
  • Híbrido: O tesouro híbrido é um misto entre prefixado e pós-fixado. Portanto, uma taxa variável define parte da sua rentabilidade, e uma porcentagem fixa define a outra parte. Esta opção é interessante para proteger o capital contra a inflação.

2- CDB

Os Certificados de Depósito Bancário (CDB), são títulos emitidos por bancos. Logo, ao realizar aplicações em CDB, o investidor está emprestando dinheiro para um banco.

Este tipo de investimento é considerado bastante seguro, já que conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), sendo uma das opções de aplicações financeiras. A remuneração dos CDBs variam de acordo com o banco emissor, podendo ocorrer de três maneiras diferentes:

  • Prefixado: O investidor já sabe qual será a remuneração por todo o período que o dinheiro ficar aplicado.
  • Pós-fixado: Nesta opção, a remuneração é atrelada a uma taxa que varia. Geralmente, a taxa usada é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que costuma ficar bem próxima à Selic.
  • Híbrido: A alternativa de híbridos é a menos comum. Neste caso, o rendimento funciona por meio de uma taxa fixa e de uma taxa de índice de inflação.

3- COE

Bancos ou corretoras emitem os Certificados de Operações Estruturadas (COE). O risco varia de acordo com o título, que pode assumir diferentes formas. Uma desvantagem é que eles não são protegidos pelo FGC e não possuem desconto do Imposto de Renda.

4- LCI e LCA

Outra opção dentre as aplicações financeiras, são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

Bancos emitem esses títulos com o intuito de destinar os recursos para empréstimos no setor imobiliário ou do agronegócio. Uma grande vantagem é que ambas são isentas de imposto de renda e contam com a proteção do FGC.

5- Previdência privada

Os planos de previdência privada são uma das opções de aplicações financeiras, principalmente para as pessoas que desejam se aposentar de maneira privada. Apesar de ser uma boa opção se comparada à aposentadoria pública, o investidor deve ficar atento às taxas cobradas.

6- Fundos de investimentos

Existem diversos tipos de fundos de investimentos disponíveis, como por exemplo: fundos de renda fixa, ações e multimercado.

O funcionamento de todos os fundos é similar: os investidores são chamados de cotistas e não possuem poder de decisão em relação às aplicações que serão realizadas. Os investimentos são responsabilidade do gestor do fundo, que deve seguir as políticas preestabelecidas pelo fundo.

Uma vantagem de realizar aplicações financeiras por meio de fundos de investimentos, é a facilidade em diversificar a carteira. No entanto, é preciso ficar atento aos custos, como a taxa de administração, performance e impostos.

7- Bolsa de Valores

Por fim, para finalizar as opções de aplicações financeiras, temos a bolsa de valores. Dentro da bolsa, existem diversos tipos de aplicações disponíveis, sendo que as mais conhecidas são as ações.

As ações são pequenas partes de uma empresa e, ao adquirir esses papéis, o investidor se torna sócio minoritário da companhia. Este tipo de investimento pode proporcionar grandes retornos financeiros. Justamente por isso, ele possui uma parcela de risco considerável.

Quais são as diferenças entre aplicações financeiras e investimentos?

As diferenças entre aplicações financeiras e investimentos podem ser sutis, mas elas existem, principalmente no contexto de objetivos e características. Aqui estão algumas delas:

1. Objetivo

  • Aplicações financeiras: Geralmente têm como objetivo a preservação do capital e a obtenção de rendimentos de forma mais conservadora. São voltadas para quem busca segurança, como a poupança, CDBs de baixo risco e fundos de renda fixa.
  • Investimentos: Buscam o crescimento do patrimônio ao longo do tempo, com potencial de maior risco e maior retorno. Exemplos incluem ações, imóveis e fundos multimercados.

2. Risco

  • Aplicações financeiras: Tendem a ser mais seguras e com menor volatilidade. O risco é geralmente baixo, o que resulta em retornos mais modestos.
  • Investimentos: Podem envolver maior risco e, consequentemente, maior potencial de retorno, como no caso das ações, commodities ou investimentos em startups.

3. Liquidez

  • Aplicações financeiras: Possuem alta liquidez, ou seja, é possível resgatar o dinheiro rapidamente. Exemplos incluem poupança e certos fundos de renda fixa.
  • Investimentos: Podem ter menor liquidez, dependendo do tipo. Por exemplo, imóveis ou ações de longo prazo podem ser mais difíceis de vender rapidamente.

4. Horizonte de Tempo

  • Aplicações financeiras: Normalmente são voltadas para curto a médio prazo, com rentabilidade constante e resgates rápidos.
  • Investimentos: Tendem a ter médio a longo prazo como horizonte, focando no acúmulo de patrimônio ao longo do tempo, com estratégias de valorização.

Como escolher a melhor aplicação financeira para você?

1. Defina seus Objetivos Financeiros

Antes de escolher qualquer aplicação, é fundamental ter clareza sobre o que você deseja alcançar. Pergunte-se: Você está buscando segurança e preservação de capital? Ou deseja crescer seu patrimônio ao longo do tempo? Além disso, qual é o prazo de seus objetivos? Você precisa do dinheiro em curto prazo ou está pensando em metas de longo prazo, como aposentadoria?

Por exemplo, os objetivos podem incluir a compra de um imóvel, a formação de uma reserva de emergência ou a criação de uma renda passiva.

2. Entenda seu Perfil de Risco

Após definir seus objetivos, é importante entender seu perfil de risco. Cada pessoa tem uma tolerância diferente ao risco. O que é considerado seguro para alguns pode ser arriscado para outros. Classifique seu perfil em um dos três principais tipos:

  • Conservador: Prefere segurança e estabilidade, optando por investimentos de baixo risco, como poupança, CDBs de baixo risco ou fundos de renda fixa.
  • Moderado: Está disposto a correr algum risco para obter um retorno maior, mas ainda busca certa estabilidade. Investimentos como fundos multimercados e LCI/LCA podem ser interessantes.
  • Arrojado: Aceita correr mais riscos para buscar maiores retornos, investindo, por exemplo, em ações, fundos de ações e investimentos em startups.

Entender seu perfil é crucial para escolher aplicações que se alinhem com sua tolerância ao risco.

3. Avalie a Liquidez da Aplicação

Em seguida, considere a liquidez das opções de investimento. A liquidez é a facilidade com que você pode resgatar seu investimento. Se você pode precisar do dinheiro rapidamente, prefira opções com alta liquidez, como fundos de investimento de curto prazo, CDBs de liquidez diária ou tesouro direto.

No entanto, se o seu objetivo for um investimento de longo prazo, você pode optar por opções de menor liquidez, como ações ou fundos imobiliários. Portanto, a liquidez é um fator importante a ser considerado de acordo com suas necessidades de acesso ao dinheiro.

4. Considere o Retorno e o Risco

Além disso, é essencial avaliar o equilíbrio entre retorno e risco. O retorno esperado de uma aplicação financeira geralmente está atrelado ao risco envolvido. Investimentos de baixo risco oferecem retornos mais modestos, mas trazem mais segurança, enquanto investimentos de alto risco oferecem retornos mais elevados, mas com maior chance de perdas.

Portanto, é importante tentar equilibrar risco e retorno de acordo com seu perfil e seus objetivos. Lembre-se de não investir mais do que está disposto a perder, principalmente em ativos mais voláteis.

5. Pense no Prazo de Investimento

Além do risco, o prazo é um fator essencial na escolha da aplicação. Se você precisa de um retorno rápido ou quer resgatar o dinheiro em breve, é melhor optar por investimentos de curto prazo. Já para quem tem um horizonte de longo prazo, investimentos com maior risco e retorno, como ações, podem ser mais adequados.

Por isso, ao escolher uma aplicação, sempre tenha em mente o tempo que você pode deixar o dinheiro investido sem comprometer seus planos.

6. Verifique Custos e Taxas

Outro ponto importante a ser considerado são os custos envolvidos na aplicação. Certifique-se de verificar as taxas de administração, taxas de performance e taxas de carregamento. Alguns investimentos, como fundos de investimento, podem ter custos mais elevados, o que pode impactar a rentabilidade ao longo do tempo.

Essas taxas podem variar bastante dependendo do tipo de investimento, por isso é importante sempre comparar e escolher as opções mais vantajosas

7. Diversifique Seus Investimentos

Por fim, lembre-se de que a diversificação é uma estratégia importante. Uma boa prática é não colocar todo o seu dinheiro em uma única aplicação. Ao diversificar, você pode mitigar os riscos e aumentar as chances de atingir seus objetivos financeiros. Combinar diferentes tipos de investimentos, como renda fixa e renda variável, pode ser uma ótima forma de equilibrar segurança e rentabilidade.

Com a diversificação, você distribui os riscos e otimiza o retorno potencial do seu portfólio.

Como fazer aplicações financeiras

O primeiro passo na hora de fazer suas aplicações financeiras, é conhecer o seu perfil de investidor. Isso é extremamente importante para determinar quais os tipos de investimentos são recomendados para você.

Depois disso, é importante estabelecer seu objetivos com o investimento e quais as opções de aplicações de encaixam. Posteriormente, você deve escolher uma corretora de valores e abrir uma conta. Por fim, resta fazer uma transferência bancária e investir.

Antes de realizar suas aplicações financeiras, aprenda sobre a importância de criar uma Reserva de Emergência – O que é, como começar e onde investir

Fontes: Btg pactual e Art data contábil

Carga tributária: o que é e como funciona?

Fator previdenciário: o que é, como funciona e como se aplica?

Concorrência perfeita: o que é e quais são as características?

Dissídio salarial: o que é, como funciona e como calcular?