25 de fevereiro de 2021 - por Jaíne Jehniffer
O perfil de investidor, também chamado de suitability, é usado como um indicador do grau de risco que um investidor está disposto a correr. Sendo que os tipos de investidores mais comuns são: conservador, moderado e arrojado.
Para conhecer o seu perfil de investidor, é preciso fazer um teste de perfil. Dessa maneira, com base nas suas respostas, é possível descobrir se você prefere ativos mais seguros, moderados ou arriscados.
Enfim, respeitar o perfil de investidor e aplicar em ativos que se encaixam com ele, é essencial para evitar frustrações e conseguir melhores resultados com os investimentos.
Características do perfil moderado
O perfil de investidor moderado é aquele que busca um equilíbrio na carteira. Ou seja, ele não é tão conservador a ponto de aplicar somente em ativos seguros e nem é tão arrojado a ponto de investir somente em ativos arriscados.
Desse modo, o objetivo é manter a segurança da carteira, ao mesmo tempo em que aplica em ativos que podem potencializar os rendimentos.
O objetivo do investidor moderado é controlar os riscos da carteira de acordo com a porcentagem destinada à renda variável.
Logo, esse tipo de investidor aceita pequenas variações nos seus investimentos, desde que a carteira esteja bem administrada, para que no longo prazo ela traga rendimentos maiores do que se estivesse aplicada apenas em renda fixa.
Em síntese, podemos caracterizar o investidor moderado, como aquela pessoa que deseja ganhar mais a médio e longo prazo, aceitando uma certa dose de risco, mas sem arriscar todo o seu patrimônio. Sendo assim, eles buscam o equilíbrio por meio do gerenciamento de riscos da carteira e a diversificação dos investimentos.
Outros perfis
O perfil moderado aproveita o que há de melhor do perfil conservador e arrojado. Conheça um pouco mais sobre esses dois perfis:
1- Conservador: A palavra que define o investidor conservador é: segurança. Ou seja, o intuito principal do investidor conservador é evitar perder dinheiro. Dessa forma, ele aplica principalmente em ativos menos arriscados, mesmo que a rentabilidade não seja tão atrativa.
2- Arrojado: O investidor arrojado é aquele que gosta de arriscar o seu patrimônio em troca da possibilidade de altos retornos financeiros. Entretanto, ele também pode ter uma pequena parte do seu patrimônio em renda fixa, como uma forma de proteção.
Opções de aplicações para o investidor moderado
O grau de risco aceito pelo investidor moderado varia de acordo com os planos de cada um. Em outras palavras, pode ser que determinado investidor escolha preencher sua parcela de renda variável com ativos mais arriscados ou menos arriscados, de acordo com seus objetivos.
Portanto, o ideal é conhecer o seu grau de risco, e encontrar dentre as opções de investimento, qual a que melhor se encaixa com você. Conheça algumas alternativas:
1- Renda fixa
Algumas opções para a parcela mais segura da carteira são:
Tesouro direto: Considerado como o investimento mais seguro do Brasil, o tesouro direto funciona como um empréstimo para o país em troca de uma porcentagem de juros que pode ser prefixada ou pós-fixada.
CDB: O Certificado de Depósito Bancário tem um funcionamento similar ao tesouro direto, contudo, o dinheiro é emprestado para o banco. A segurança desse ativo advém da proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF e instituição, caso o investidor leve calote.
LCI e LCA: As Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio também funcionam como um empréstimo para o banco. Porém, neste caso os recursos são direcionados respectivamente para os setores imobiliário e do agronegócio.
2- Fundos de investimento
Existem diversos tipos de fundos de investimentos com graus variados de riscos, que o investidor moderado pode escolher. Sendo assim, existem fundos pouco arriscados como os Fundos DI e existem aqueles mais arriscados como os fundos de ações.
Os fundos possuem a vantagem de contarem com a gestão de um profissional, além de proporcionar a diversificação da carteira de investimentos. Em contrapartida, temos como desvantagem a cobrança da taxa de administração e de performance.
3- Ações
As ações são os ativos de renda fixa mais famosos do mercado. Ao aplicar em ações, o investidor se torna sócio minoritário da empresa e passa a ter direitos de acordo com o tipo de ação adquirida.
As ações podem ser ordinárias ou preferenciais. Ao comprar ações ordinárias, o investidor passa a ter direito de voto nas assembleias da empresa. Já ao aplicar em ações preferenciais, a pessoa passa a ter preferência no recebimento de dividendos.
Apesar de fazerem parte da renda variável e, por isso, serem consideradas como ativos de risco, as ações podem ter graus variados de risco. Sendo que o risco varia de acordo com os fundamentos da empresa.
Como o investidor moderado busca um controle rígido das suas aplicações, usar a análise fundamentalista é uma boa maneira de escolher ações.
Diversificação para o investidor moderado
Existe uma relação entre risco e retorno nos investimentos. Desse modo, quando um ativo é mais seguro, geralmente a sua rentabilidade não é muito interessante e vice-versa. Como o investidor busca um equilíbrio entre risco e rentabilidade, é essencial diversificar a carteira de investimentos.
Através da diversificação, é possível diluir os riscos das aplicações e assim ter um maior controle da carteira de investimentos. Ao diversificar em renda fixa, é importante aplicar em ativos diferentes com graus de riscos e prazos variados.
Já nas ações e nos fundos, é preciso considerar não apenas a diversificação entre empresas e tipos de fundos, mas também diversificar entre setores. Para saber como fazer uma correta diversificação, veja o vídeo de Raul Sena:
E aí, curtiu conhecer o perfil moderado? Então aproveite para aprender como montar uma Carteira de dividendos, o que é? Como montar uma em 10 passos
Fontes: Vai investir, Portal do investimento e Suno
Imagens: Abstartups, Focalise, Hanauer consórcios, Coach financeiro e Bamaq consorcio