Classes de ativos: o que são, quais são as principais e como escolher?

As classes de ativos são uma forma de dividir os ativos financeiros em diferentes grupos saiba quais são e como escolher.

17 de maio de 2021 - por Sidemar Castro


As classes de ativos são uma maneira de dividir os ativos financeiros em diferentes grupos, de acordo com suas características em comum. Sendo assim, como regra geral, os ativos de determinada classe devem possuir as características essenciais em comum.

No entanto, não existe um consenso em relação às classes existentes. Uma das formas de categorizar os ativos é através de seis classes: renda fixa, ações, imóveis, moedas, commodities e derivados.

Através dessa divisão, fica mais fácil para os investidores compreenderem o funcionamento dos ativos e escolherem os que melhor se encaixam em seu perfil de investidor e objetivos pessoais.

Quer conhecer mais sobre classes de ativos? Continue a leitura.

O que é classe de ativos?

O termo classe de ativos é usado para se referir a um conjunto de ativos. Ese grupo de ativos é formado tendo como base as características em comum entre eles. Dessa maneira, a intenção em categorizar os ativos em classes é facilitar o entendimento do seu funcionamento.

Cada classe de ativos se comporta de uma maneira diferente, podendo ser mais ou menos volátil. Por exemplo, a classe de renda fixa passa por menos oscilações e pode ser uma boa opção para os investidores conservadores.

Em contrapartida, as ações oscilam constantemente e, geralmente, são escolhidas por investidores arrojados.

Portanto, compreender as classes de ativos e o comportamento de cada uma delas, é essencial para que o investidor possa montar uma carteira que atenda às suas necessidades.

Ou seja, entender o conceito de classe de ativos é fundamental para que os investidores possam escolher os ativos que melhor se encaixam em seus objetivos pessoais e perfil de investidor.

Quais são as classes de ativos existentes?

Não existe um consenso no mercado em relação às classes de ativos existentes. O mais importante ao considerar as classes, é que os ativos que as compõem possuam características essenciais em comum.

Sendo assim, uma maneira de dividir os grupos de ativos é através de seis classes:

1) Renda fixa

A primeira classe de ativos é a renda fixa, onde as regras de remuneração são conhecidas no momento da aplicação. Ao aplicar em títulos de renda fixa como, por exemplo, Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e Debêntures, o investidor está basicamente emprestando seu dinheiro em troca de uma taxa de juros.

A rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. Na prefixada o investidor sabe qual será o retorno no momento da aplicação e a taxa permanece a mesma até o vencimento do título. Já no pós-fixado o ativo varia de acordo com a variação do indexador.

Por exemplo, o Tesouro Selic remunera de acordo com as variações da taxa Selic, que é definida a cada 45 dias pelo COPOM. Por fim, os títulos híbridos são aqueles cuja rentabilidade depende de um indexador variável e de uma taxa previamente acordada.

2) Ações

A próxima classe de ativos, são as ações. Elas são valores imobiliários emitidos por companhias de capital aberto listadas na bolsa de valores. Ao adquirir ações, o investidor se torna acionista minoritário da empresa e passa a ter alguns direitos, como, por exemplo, o recebimento de dividendos.

Um detalhe importante sobre as ações é que elas passam por constantes oscilações de preços, por isso, são consideradas como ativos de renda variável. Essas oscilações podem proporcionar altos lucros para os investidores, ou podem resultar em grandes prejuízos.

No mundo dos investimentos, quanto mais arriscado é um ativo, maiores são as probabilidades de altos retornos. Desse modo, apesar de as ações serem mais arriscadas do que a renda fixa, elas podem trazer rendimentos muito superiores.

3) Imóveis

A classe de ativos imobiliários inclui todas as aplicações no setor imobiliário. Ou seja, tanto os fundos de investimento imobiliário (FIIs), quanto os imóveis físicos se encaixam nessa classe.

Apesar do brasileiro gostar bastante de comprar imóveis para receber a renda dos aluguéis, os FIIs podem proporcionar um rendimento muito superior.

Além dos fundos imobiliários proporcionarem um rendimento mensal considerável e isento de tributação, eles ainda saem em vantagem em relação à liquidez. Afinal de contas, vender um imóvel pode ser bastante demorado, ao passo em que vender uma cota do fundo é bem mais fácil.

4) Moedas

Na classe de ativos monetários estão incluídas diversas moedas como: euro, dólar, yene e libra esterlina.

O real também pode ser considerado nessa classe, porém, neste caso, ele serve apenas para os investidores estrangeiros. Isso porque a intenção em possuir moedas estrangeiras é se proteger contra a desvalorização da moeda nacional.

As moedas são consideradas com ativos extremamente voláteis, já que passam por constantes oscilações de preços. Sendo que essas oscilações são resultados da lei da oferta e demanda e dos impactos da política econômica de cada país.

5) Commodities

As commodities são uma classe de ativos concretos com baixo valor agregado e essenciais para o funcionamento da indústria.

Dessa forma, esses ativos impactam diretamente o desempenho das companhias em diversos setores e podem impactar indiretamente outras classes de ativos. As commodities podem ser de vários tipos como pecuária, agrícola e minerais.

6) Derivados

Por fim, temos ainda a classe de ativos derivados, que são os ativos que derivam de outros ativos. Desse modo, o desempenho dos derivados depende da performance dos ativos atrelados. Alguns exemplos de derivados são os contratos futuros e as opções.

Como escolher a melhor classe de ativos?

A escolha da melhor classe de ativos é uma decisão fundamental para qualquer investidor, pois influencia diretamente os seus retornos e o nível de risco que está disposto a assumir.

Antes de tomar qualquer decisão, é importante entender o conceito de classes de ativos. Basicamente, são categorias de investimentos com características e comportamentos distintos. As principais classes incluem a renda fixa, ações, imóveis, commodities, moedas e fundos de investimentos.

A escolha da melhor classe de ativos depende de diversos fatores, como:

  • Perfil de investidor: Conservador, moderado ou arrojado?
  • Objetivo financeiro: Renda extra, aposentadoria, compra de um bem?
  • Prazo: Quanto tempo você pretende manter o investimento?
  • Tolerância ao risco: Qual o nível de perda você está disposto a aceitar?

Algumas dicas para escolher a melhor classe de ativos:

  • Diversifique sua carteira: Espalhe seus investimentos em diferentes classes de ativos para reduzir o risco.
  • Busque orientação profissional: Um assessor de investimentos pode te ajudar a montar uma carteira personalizada.
  • Estude sobre o mercado financeiro: Quanto mais você souber sobre investimentos, melhores serão suas decisões.
  • Comece com o básico: Se você é iniciante, comece sua classe de ativos investindo em produtos mais simples, como o Tesouro Direto.
  • Reveja sua carteira periodicamente: O mercado financeiro está em constante mudança, por isso é importante revisar sua carteira regularmente.

Assim, a escolha da melhor classe de ativos é um processo individualizado e não existe uma fórmula mágica. O ideal é buscar um equilíbrio entre risco e retorno, considerando o seu perfil e objetivos.

Fontes: UBP, C6 Bank, Ativa invest

Non Performing Loan (NPL): o que é e como funciona?

Arrendamento: o que é, para que serve e quais os tipos?

Lock-up: o que é e como funciona esse tipo de cláusula?

Usufruto: o que é, como funciona e quais são os tipos?